Campus de Goiabeiras - Vitória

Orquestra Brasileira de Cantores Cegos realiza apresentação única no Teatro Universitário no dia 05 de junho

Projeto traz ao palco um espetáculo de música e inclusão social com a diversidade de tradições de Norte a Sul do Brasil na voz de 16 cantores cegos.

O dia 05 de junho, quarta-feira, marca a volta das atividades do projeto cultural que contempla a diversidade da tradição oral de vários cantos do país. A apresentação terá entrada gratuita e será realizada às 19h30 no Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo, em Vitória. O projeto conta com o apoio da Secretaria de Cultura da Ufes. 

O repertório é o mesmo da primeira temporada, realizada em novembro de 2023 no Teatro Sesc Glória. Após o sucesso de público, os 16 cantores cegos voltam a interpretar canções que representam comunidades quilombolas e indígenas, culturas do boi, bata do feijão, colheitas da cana-de-açúcar e do café e o congo do Espírito Santo.

As atividades da Orquestra Brasileira de Cantores Cegos em 2024 têm o patrocínio da Rede Itaú por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e a realização do Ministério da Cultura Governo Federal e da Associação Sociedade Cultura e Arte (SOCA) em parceria com a Cia Poéticas da Cena Contemporânea.

Os interessados em acompanhar as novidades sobre o projeto, bem como rotina dos ensaios e as datas das apresentações, podem acompanhar o trabalho nas redes sociais (Instagram: @orquestra.br.decantorescegos / Youtube: @OrquestraBrdeCantoresCegos).

Convite à rede pública de ensino

A SOCA Brasil convida escolas para prestigiarem o espetáculo com oferta de transporte até o local do evento. Professores interessados em levar os seus alunos devem realizar o agendamento através do envio de uma mensagem de texto para o Whatsapp da associação: (27) 99609-8181.

Pesquisa e experimentação: interface entre Artes Cênicas e Canto Coral

Com André Stefson na iluminação e Antonio Apolinário nos figurinos, a diretora do espetáculo Rejane Arruda imprime em cena as marcas de uma linguagem experimental, trabalhando a interface entre as Artes Cênicas e o Canto Coral. 

Os arranjos de Tarita de Souza para voz, piano e percursão corporal trazem a marca do hibridismo entre popular e erudito típico de uma tradição instrumental brasileira representada por nomes como Guerra Peixe e Villa Lobos.

O maestro Thomas Davison, aceitando o desafio de reger pessoas que não enxergam as suas mãos, utiliza-se de estalos de dedos, palmas, batidas dos pés no chão e movimentos que lembram um bailarino brincante, contribuindo para a estética do movimento que o espetáculo apresenta.

A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos conta também com os atores da Cia Poéticas da Cena Contemporânea que, dividindo o palco com os cantores cegos, auxiliam em seus deslocamentos, imprimindo performatividade e dramaticidade nas cenas.

Repertório: diversidade e brasilidade

O repertório é resultado do trabalho de pesquisa realizado pela artista Renata Mattar e formado por canções populares de domínio público, transmitidas de geração em geração, utilizadas por comunidades diversas para acompanhar atividades de trabalho, ninar e festejos. Ao todo são 20 canções organizadas em 15 arranjos para voz, piano e percussão corporal. 

Os cantores cegos são arautos de cantigas garimpadas em diversos estados, de Norte ao Sul do país, passando por ritmos e culturas diferentes, entre eles, o congo do Espírito Santo, o Coco de Tebei de Pernambuco e a Bata do Feijão do Maranhão.

Estão também representados a comunidade quilombola Kalunga de Cavalcante (GO), o povo Mehinako do Alto Xingu (MT), os Guaranis da aldeia Marake'nã residentes do Rio de Janeiro, e territórios de Norte a Sul do país como Angicos (RN) e Santo Antônio da Patrulha (RS); passando por Serra Preta (BA), Vale do Jequitinhonha (MG) e Arapiraca (AL).

Orquestra Brasileira de Cantores Cegos

As 16 vozes da Orquestra Brasileira de Cantores Cegos se juntaram em meados de 2023, quando começaram os ensaios para a primeira apresentação, realizada em novembro. A primeira temporada foi realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba e apoio da Secretaria da Cultura do Espírito Santo.

O grupo foi selecionado em audição acompanhada pelo maestro Thomas Davison. Logo depois, teve início a etapa dos ensaios com o repertório escolhido, dirigida por Rejane Arruda. A temporada de 2024 começa com esse mesmo espetáculo, que foi sucesso de público com três sessões lotadas.

Ainda este ano, a Orquestra Brasileira de Cantores Cegos começa a preparar um novo espetáculo, com um novo repertório, que ainda será divulgado e tem apresentações previstas para o segundo semestre de 2024.

SERVIÇO

ORQUESTRA BRASILEIRA DE CANTORES CEGOS 

Data: 05 de junho, quarta-feira.
Horário: 19h30.
Ingressos: gratuitos (serão distribuidos 200 ingressos) - retirada na bilheteria do teatro 1h antes da sessão (limitado a 1 por pessoa).  
Classificação: livre.
Local: Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo - Avenida Fernando Ferrari, 514, Campus Universitário de Goiabeiras, Vitória.
Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida (exceto mezanino). 
Sessão com acessibilidade para PCD auditiva, visual e pessoas no espectro. 

 

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