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Com entrada gratuita, CantarES reúne corais capixabas no Teatro Universitário

Após três anos de intervalo, o Encontro Nacional de Corais do Espírito Santo – CantarES volta a movimentar a Universidade a partir desta quarta-feira, 20, com 16 apresentações no Teatro Universitário. Até quinta, 21, a 21ª edição do maior festival de corais do estado recebe gratuitamente o público, sempre a partir das 18h30. A entrada é gratuita, limitada à capacidade do teatro.

Anfitrião do evento, o Coral da Ufes se dividirá em dois grupos: na quarta, subirão ao palco os iniciantes e os apoiadores (integrantes mais antigos), sob regência do maestro adjunto Jean Molinari; na quinta, será a vez dos intermediários, regidos pelo maestro Cláudio Modesto. Entre as canções que serão executadas pelos grupos, estão clássicos como Asa Branca, Mulher Rendeira, Bohemian Rhapsody e Cálice.

Além dos grupos do Coral da Ufes, participam do evento os corais da Vale Música (infantojuvenil e juvenil), Cameria Ifes, Vox Victoria, Opus Liberi, Coralinss, Amizade, Azul Vocal, São Francisco, Algazarra, Unimed Vitória, Hencantar e a banda Os Bardos Capixabas. Na última apresentação do evento, todos os corais se reunirão no palco para cantar a música Baba Yetu, do compositor Christopher Tin. Veja abaixo a ordem das apresentações.

Segundo o secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, o CantarES revela um panorama da qualidade dos grupos vocais do Espírito Santo. “O encontro é um importante intercâmbio de projetos públicos e privados voltados para a prática da música vocal. Em 2024, pretendemos retomar o modelo de evento nacional e convidar corais de outros estados do país”, afirma.

Renovação

A nova edição do CantarES marca também a renovação no Coral da Ufes. Neste ano, o grupo abriu duas chamadas para novos integrantes, recebendo mais de 300 inscrições. Os maestros Jean Molinari e Cláudio Modesto também treinaram novos membros no Módulo Coral Ufes 2023, que funcionou como um laboratório vocal para preparar os interessados em integrar o coro.

“Por conta da pandemia de covid-19, o coral deu uma parada e as pessoas dispersaram. A Ufes voltou aos poucos e foi chegando gente. Mas, no primeiro momento, não entraram muitos estudantes. Nesta segunda audição [em agosto], enchemos a Universidade de cartazes para chamar mais estudantes. Entrou muita gente boa, fiquei muito animado”, lembra Cláudio Modesto.

Histórico

À frente do Coral da Ufes há 43 anos, Modesto foi o responsável por criar o CantarES, que teve sua primeira edição em 2000. Desde que assumiu a regência do coro, ele se enpenhou em trazer grupos de outros estados e países para festivais na Ufes. Nos anos 1990, Modesto chegou a fazer uma edição do Unicanto na Ufes, reunindo corais de várias universidades brasileiras.

“Vieram corais do Maranhão, Sergipe, Minas Gerais. As apresentações foram na Biblioteca Central, num salão grande que havia no térreo. Foi a única edição, mas foi um embrião do CantarES”, afirma o maestro. Nesta 21ª edição, o CantarES contará com grupos de Vitória. Como o secretário de Cultura adiantou, porém, a ideia é voltar a trazer corais de outros estados e países nos próximos anos: “O Brasil é imenso e os corais são muito diferentes entre si. São técnicas e repertórios diferentes. É muito enriquecedor para o Coral da Ufes”, diz Modesto.

Mais de quatro décadas na regência do grupo não esgotaram a energia do maestro. Desde a última edição do encontro, em 2019, ele fala em se aposentar. Inclusive, o maestro foi o homenageado daquele festival, que seria seu último no comando do Coral da Ufes. Agora, o plano de descansar das funções na Universidade já ficaram mais longe.

“A pandemia me mostrou que não quero ficar dentro de casa de jeito nenhum. Ainda tenho muito gás para trabalhar. É um trabalho em que eu me divirto, na verdade. Daqui a cinco anos eu saio, porque vem a aposentadoria compulsória, com 75”, afirma ele. Provocado a pensar numa espécie de “consultoria” depois da aposentadoria, ele refaz o discurso: “Não vou aguentar ficar longe. Isso aqui é a minha vida.”

Balanço positivo

O CantarES encerra com brilho a programação cultural do Teatro Universitário em 2023. Reaberto neste ano após diversas melhorias estruturais, o teatro recebeu projetos autênticos como o Cante um samba na universidade, reunindo sambistas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro de março a agosto, com ingressos a preços populares. Também passaram pelo palco revelações e nomes consagrados da música brasileira, de Luíza Boê a Sandra Sá, além de atrizes do calibre de Vera Holtz, Elisa Lucinda e Mel Lisboa. O teatro sediou, ainda, encontros onde a gestão da cultura foi protagonista, com debates envolvendo a ministra da Cultura, Margareth Menezes e a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia.

Para o secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, o CantarES, “evento orgânico da Universidade”, celebra um ano positivo para a cultura na Ufes. “Em 2023, priorizamos na agenda espetáculos de qualidade. Ampliamos a pauta para a produção capixaba e o atendimento para eventos acadêmicos. E conseguimos consolidar o teatro como protagonista na cena cultural do Espírito Santo”, afirma.

 

CantarES: veja a ordem das apresentações

Quarta-feira, 20/12

Coral Infantojuvenil Vale Música
Coral Juvenil Vale Música
Coral Cameria Ifes
Vox Victoria
Opus Liberi
Coralinss
Coral Amizade
Coral da Ufes (iniciantes e apoiadores)

Quinta-feira, 21/12

Banda Os Bardos Capixabas
Azul Vocal
Coral São Francisco
Algazarra Coral
Coral Unimed Vitória
Hencantar
Coral da Ufes (intermediários)
Encerramento: todos os corais

 

Texto: Leandro Reis
Foto: Divulgação
Edição: Thereza Marinho

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